segunda-feira, 26 de outubro de 2015

MINISTÉRIO PROFÉTICO Reconstruindo a História

Apesar do grande crescimento do evangelho em Jerusalém logo no início da igreja primitiva, por muitos anos os 12 apóstolos de Jesus ficaram concentrados unicamente na igreja em Jerusalém onde tudo começou. A expansão do evangelho a partir de Jerusalém aconteceu num ambiente de perseguição e não num contexto de obediência a comissão divina.
A perseguição que se levantou na igreja fez com que os cristãos de Jerusalém fossem espalhados pelas regiões circunvizinhas. Neste tempo “todos, exceto os apóstolos , foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria.” (At 8:1)
Em função da perseguição que dispersou os discípulos, temos os primeiros relatos do evangelho ser pregado fora de Jerusalém. Esta obra de pregar o evangelho em novas regiões aconteceu unicamente em função da dispersão dos discípulos, como está escrito: “entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra” (At 8:4).
O primeiro relato do impacto da dispersão diz respeito a Filipe que havia ido a Samaria: “Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo” (At 8:5). Em função do que estava acontecendo em Samaria, Pedro e João fizeram sua primeira viagem apostólica. Isto aconteceu aproximadamente 8 anos depois do nascimento da igreja. Até aquele momento o cristianismo estava exclusivamente concentrado na cidade de Jerusalém.
Por causa daquilo que estava acontecendo nas outras cidades através dos discípulos, os apóstolos foram como que obrigados a saírem de Jerusalém para consolidarem e confirmarem os novos cristãos. O contexto da perseguição fez com que os apóstolos saíssem de Jerusalém e pregassem o Evangelho em outras cidades como Jope e Lida (At 9:32-42, 10:5-6). Esta saída dos apóstolos de Jerusalém para pregarem em outras cidades aconteceu mais por “acidente” que por uma estratégia e projeto apostólico.
O modelo apostólico de Jerusalém está alicerçado em incidentes e ações reativas e circunstanciais. Em função disto, Jerusalém não serve como protótipo de ações apostólicas. O modelo apostólico de Jerusalém não oferece estratégias a serem imitadas e tampouco tem um modelo organizado a ser seguido.
Por outro lado, o envio de Paulo e Barnabé, os primeiros apóstolos do Cristo assunto, para evangelizar as regiões da Galácia foi algo que aconteceu num ambiente de maturidade, obediência e direção do Espírito Santo. O envio de Paulo e Barnabé a partir de Antioquia, tinha um propósito específico dentro de um projeto estratégico maior.
O Evangelho também havia chegado a Antioquia por causa da dispersão decorrente da perseguição aos cristãos em Jerusalém. “Os que foram dispersos por causa da tribulação que sobreveio a Estêvão se espalharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus” (At 11:19). Talvez Nicolau, um dos 7 escolhidos para servirem as mesas dos das viúvas, tenha se deslocado a Antioquia, uma vez que era prosélito daquele território (At 6:5).
Como muitos haviam crido em Antioquia, de Jerusalém enviaram Barnabé a fim de consolidar e confirmar aqueles que haviam se convertido. Barnabé, apesar de ser considerado um apóstolo, antes de tudo era um profeta. Foi chamado pelos apóstolos de “Filho da Consolação/Exortação” identificando objetivamente seu chamado profético (At 4:36).
Barnabé, depois de buscar a Paulo em Tarso, ensinou por um ano naquela igreja, preparando uma equipe de mestres e profetas, que os enviaram para o primeiro projeto apostólico estrategicamente planejado (At 11:22-26, At 13:1-4). Antioquia se tornou um modelo apostólico superior, uma vez que é possível ser reproduzido e praticado por todos quantos forem chamados para tal. O modelo de Antioquia não é dependente de incidentes os questões circunstanciais como o modelo de Jerusalém, mas é fruto de homens dispostos a cumprirem cabalmente com a grande comissão através de um projeto estrategicamente planejado.
Mas aqui surge a questão: Quem iniciou aquele projeto e levou a igreja àquele nível de maturidade. Quem formou um presbitério com profetas e mestres em apenas um ano? Quem preparou homens para serem os primeiros apóstolos depois dos 12 de Jesus? Quem foi o mentor de todo este novo modelo? Quem concebeu uma igreja que depois de apenas 1 ano enviou apóstolos para outras terras a fim de pregar o evangelho as nações?
Tudo isto foi fruto de um profeta: Barnabé. Os profetas têm a incumbência de levarem a igreja à maturidade em um tempo diminuto. Os profetas têm a função de produzirem homens para irem ao mundo pregarem o evangelho. Os profetas são responsáveis pela criação de projetos estratégicos superiores. Os profetas têm a grande responsabilidade de gerarem o apostólico!
Tendo este entendimento como pano de fundo, entendemos que é necessário que se levante urgentemente e se forme um verdadeiro e substancial mover profético em todas as dimensões na igreja atual, culminando no estabelecimento dos profetas a sua verdadeira função e posição.
Ricardo Wagner, apóstolo

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